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domingo, 30 de setembro de 2018

TEU MURAL





















 Fujo contigo para debaixo da mesa
Aquela que restou do sobrado da minha Avó
Já nenhum olhar nos constrange
Ouvem-se os grilos na tapada
Porém todos os sussurros de prazer respeitam memórias ancestrais
Ainda que após o ansiado coito nupcial
Da infância
Soltemos gritos como indígenas
Ou pássaros loucos
Perpetuando nosso cio
Escancarando portas
Abrindo todas as janelas
Saindo para o campo
Sentindo a resina dos pinheiros
Na pele,
Caruma e giestas no sexo
Acabado de decifrar...
Bebamos amor, festejemos à magnificência da nudez de minhas costas
serem sempre teu melhor mural.

Célia Moura
Jean Claude Sanchez Photography

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