Urge levantar deste chão
leito de terra batida onde meu corpo fez guarida
adornando-se de cinza!
leito de terra batida onde meu corpo fez guarida
adornando-se de cinza!
Este moribundo de onde a alma esvoaçou com as cotovias,
os melros, as águias…
os melros, as águias…
“Precisas de sangue novo” – ouço-te como um eco persistente
neste silêncio ensurdecedor, consumidor de prantos.
neste silêncio ensurdecedor, consumidor de prantos.
Ergo-me num ápice, como se alguém me tivesse doado um sopro
de vida e caminho na longa estrada.
Hei-de sim, sacudir todas as cinzas, voltar a ser labareda viva
e desejo de rosas entre os seios!
e desejo de rosas entre os seios!
© Célia Moura
(Jean Claude Sanchez photography)
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