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sábado, 10 de novembro de 2018

Imagem - "pixabay"
Eu sou a coragem
disseste-me um dia.
Sou parte de ti caso me queiras
e tenho a honra de te apresentar minha irmã liberdade.


Ambas fazemos parte de um mundo raro
um mundo novo
firmámos como um pacto de sangue
sabes o que isso significa?


Por nós muitos verteram e vertem seu sangue.
Não somos palavras torpes nem vãs
para andarilhar de boca em boca
somos pérolas,
não nos dês aos cães!

Somos a assembleia eleita e a palavra final,
a desordem onde se ambiciona paz
e a fome do irmão que já nem vês!

Podes esquecer até quem és
mas não a tua origem.
Poderás dizer-me que nada mais te importa
mas estarei de estandarte bem estendido à tua porta!

Nega-me se ousares!

Mas a ti poeta quem negará
todas as palavras que escreveste
e os cânticos que doaste nesta liberdade
que te foi imposta!

Célia Moura, poesia 2017

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