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sexta-feira, 14 de junho de 2019

Florbela Espanca

Biografia de Florbela Espanca

Florbela Espanca (1894-1930) foi uma poetisa portuguesa, autora de sonetos e contos importantes na literatura de Portugal. 
Foi uma das primeiras feministas de Portugal. 
Sua poesia é conhecida por um estilo peculiar, com forte teor emocional, onde o sofrimento, a solidão, e o desencanto estão aliados ao desejo de ser feliz.
Florbela Espanca, nome literário de Flor Bela Lobo, nasceu em Vila Viçosa, Alentejo, Portugal, no dia 8 de dezembro de 1894. 
Filha de Antónia da Conceição Lobo e de João Maria Espanca, que era casado com Mariana do Carmo Toscano, mas não tinha filhos. 
Flor Bela Lobo só foi batizada no dia 20 de junho de 1895, como filha de Antónia da Conceição Lobo e de pai incógnito, que só a reconheceu como filha depois de sua morte.

Em 1903, com sete anos começou a escrever seus primeiros textos e assinar “Flor d’Alma da Conceição”. 
Nesse mesmo ano, escreveu “A Vida e a Morte”, seu primeiro poema, já mostrando sua opção por textos amargos. 
Em 1906 escreveu seu primeiro conto intitulado “Mamã!”. 
Em 1907, apresenta os primeiros sintomas de uma doença nervosa.

Florbela Espanca ficou órfã de mãe em 1908, sendo então criada, junto com seu irmão Apeles, na casa da madrasta Mariana e do pai. 
Ingressou no Liceu Nacional de Évora, onde permaneceu até 1912. 
Em 1913 casou-se com Alberto Moutinho, seu colega da escola. 
Em 1914, o casal muda-se para o Redondo, na Serra d!Ossa, onde abrem uma escola e Florbela passa a lecionar.

Em 1916, a revista Modas & Bordados publica o soneto “Crisântemos”. 
De volta a Évora, torna-se colaboradora do jornal “Notícias de Évora”. 
Nessa época conheceu outros poetas e participou de um grupo de mulheres escritoras. 
Em 1917, completa o curso de Letras e ingressa no curso de Direito da Universidade de Lisboa. 
Apresenta mais uma vez os sintomas de neurose.

Em 1919, lançou “Livro de Mágoas”. 
Parte de sua inspiração veio de sua vida tumultuada, inquieta e sofrida pela rejeição do pai. 
Sofre um aborto espontâneo, que a deixa doente por um longo período. 
Em 1921, divorcia-se de Alberto e sente o preconceito da sociedade. 
Nesse mesmo ano publica o “Livro de Mágoas”. 
Passa a viver com o oficial de artilharia António Guimarães. 
De volta a Lisboa, em 1923, publica “Livro de Sóror Saudade”. 
Nesse mesmo ano, sofre novo aborto e separa-se do marido.

Em 1925, casa-se com o médico Mário Laje, em Matosinhos. 
Em 1927, sua vida é marcada pela morte do irmão, em um acidente de avião, fato que a levou a tentar o suicídio. 
A morte precoce do irmão lhe inspirou a escrever “As Máscaras do Destino”. 
A poesia de Florbela Espanca é caracterizada por um forte teor confessional. 
Sua poesia é densa, amarga e triste. 
A poetisa não se sentia atraída por causas sociais, preferindo exprimir em seus poemas os acontecimentos que diziam respeito à sua condição sentimental. 
Não fez parte de nenhum movimento literário, embora seu estilo lembrasse muito os poetas românticos. 
Florbela Espanca suicidou-se com o uso de barbitúricos, no dia de seu aniversário, às vésperas da publicação de sua obra prima “Charneca em Flor”, que só foi publicada em janeiro de 1931. 

Florbela Espanca morreu em Matosinhos, Portugal, no dia 8 de dezembro de 1930. 
Em 1949 foi publicado “Cartas de Florbela Espanca”.

Fonte: ebiografia.com

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