Paralisia supranuclear progressiva - PSP
Definição da doença
A paralisia supranuclear progressiva clássica, também
conhecida como síndrome de Richardson, é a variante clínica mais comum
da paralisia supranuclear progressiva (PSP; ver este termo), uma doença
neurodegenerativa rara de início tardio caracterizada por instabilidade
postural, rigidez progressiva, paralisia supranuclear do olhar e
demência ligeira.
A prevalência é estimada conservadoramente em cerca de 1/16,600.
Descrição clínica
A PSP geralmente manifesta-se durante a sexta ou sétima
década de vida com instabilidade postural e quedas, diminuição dos
movimentos oculares sacádicos verticais e lentificação cognitiva.
Progressivamente os doentes desenvolvem outras anomalias oculares (olhos
secos e vermelhos, visão turva, encerramento palpebral involuntário
espontâneo, fotofobia), uma síndrome cognitiva disexecutiva com
impulsividade, problemas de fala (fala lenta) e paralisia supranuclear
do olhar e dificuldades em engolir. A doença é caracterizada
neuropatologicamente por gliose com placas astrocíticas, acumulação de
emaranhados neurofibrilares imunorreativos a tau e perda neuronal em
áreas específicas do cérebro, especialmente no núcleo subtalâmico e
substância negra.
Métodos de diagnóstico
O diagnóstico é baseado no quadro clínico e na avaliação neuropsicológica.
O diagnóstico diferencial inclui doença de Parkinson e outros distúrbios
parkinsonianos atípicos (APD), tais como atrofia de sistemas múltiplos e
degeneração corticobasal (ver estes termos). Raramente as mutações do
MAPT podem produzir uma síndrome clínico-patológica semelhante.
Anomalias semelhantes nos movimentos oculares podem ocorrer na doença de
Niemann-Pick tipo C e na doença de Whipple (ver estes termos).
Controlo da doença e tratamento
Não existe um tratamento curativo para a doença. Os
doentes com PSP clássica não respondem ao tratamento com levodopa. A
amantadina pode melhorar o congelamento da marcha e outros medicamentos
anticolinérgicos melhoraram, ocasionalmente, as alterações da voz e da
fala.
Progressivamente, os doentes tornam-se dependentes de cadeira de rodas
devido às quedas frequentes. Dificuldades na respiração e deglutição, e
infecções são as principais causas de morte, geralmente 4-8 anos após o
início da doença.
Fonte:orpha.net
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