Irás rodopiar em meu umbigo
Como um ensandecido,
Beijar minha púbis
Como se sempre te tivesse pertencido.
Lamber meus lábios
Nessa secura de morte,
Limpar meu sangue com teu corpo
E irracionalmente
Quando na Partida
Levar comigo todas as fontes
Virás sufocar-te na foz
De todos os meus prantos
De todo o meu prazer debruado a linho
E mel de rosmaninho,
Entre o nós, que não parimos
E meu leito de fogo perpetuamente
Renascido.
Fui tua lava, cristal de rocha desmembrado,
Teu grito mudo, tua grande ironia…
Lembra-me no tempo das cerejas!
Célia Moura - ''No Hálito De Afrodite''
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