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segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Irás rodopiar em meu umbigo

Irás rodopiar em meu umbigo
Como um ensandecido,
Beijar minha púbis
Como se sempre te tivesse pertencido.


Lamber meus lábios

Nessa secura de morte,
Limpar meu sangue com teu corpo
E irracionalmente
Quando na Partida
Levar comigo todas as fontes
Virás sufocar-te na foz
De todos os meus prantos
De todo o meu prazer debruado a linho
E mel de rosmaninho,


Entre o nós, que não parimos
E meu leito de fogo perpetuamente
Renascido.

 
Fui tua lava, cristal de rocha desmembrado,
Teu grito mudo, tua grande ironia…


Lembra-me no tempo das cerejas!

Célia Moura - ''No Hálito De Afrodite''

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