PEDIDO
Ama-me sempre, como à flor do lírio
Bravo e sózinho, a quem a gente quer
Mesmo já seco na recordação.
Ama-me sempre, cheia da certeza
De que, lírio que sou da natureza,
Na minha altura eu brotarei do chão.
Miguel Torga, in 'Diário (1943)'
CERTEZA
Não:
Nunca saberás quem sou.
Apesar destes beijos que te dou
E destas ironias que te digo,
Vou contigo
Como vou
Ao lado dum inimigo.
Miguel Torga, in 'Diário (1936)'
3 comentários:
Poesia que encanta.
Poesia que encanta.
Lindas!
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