Te levarei à terra humilde e ensolarada.
Nela hei de adormecer - os homens não souberam -
E havemos de dormir sobre a mesma almofada.
Te deitarei na terra humilde, te envolvendo
No amor da mãe para o seu filho adormecido.
E a terra há de fazer-se um berço recebendo
Teu corpo de menino exausto e dolorido.
Poderei descansar; sabendo que descansas
No pó que levantei azulado e lunar
Em que presos serão os teus leves destroços.
Partirei a cantar minhas belas vinganças,
Pois nenhuma mulher me há de vir disputar
A este fundo recesso o teu punhado de ossos.
(Tradução de Manuel Bandeira)
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| Gabriela Mistral |

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