O que nos diremos quando não
mais pudermos nos ouvir;
E quando nos tivermos distanciado
a ponto de nossas mãos não mais
se entrelaçarem;
E nossas bocas se procurarem
na distancia de nós mesmos;
E nossos lábios ávidos não mais se devorarem;
E nossos corpos não mais se sentirem e não mais se tocarem;
Nossos sexos arderem e em solidão se consumirem;
O que nos diremos quando as dores nos apartarem?
Diremos meias verdades aos ouvidos secos
dos que não nos amarem;
Diremos mentiras às línguas vis dos que nos julgarem;
Diremos sempre , eternamente , às nossas almas,
as verdades dos altares.
Aurea Julio

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